Arquivo do blog

terça-feira, 19 de junho de 2018

Mahal - "Declínio aos falsos MC's" (Prod. Poik Lounge)


Olha só o que acabou de vir à tona, a 1ª peça do álbum Geomancia disponível para audição, num beat clássico clima bem jazzístico e as linhas únicas de Mahal, check!


Refinamento contínuo pro assasinato sintático/
O fluxo destrói mundos, como asteróides ou bombas de táquion/
Quando eu penso em mc's falsos.../
Quero o colapso/
Como o declínio do império Europeu pelos Cossacos/
Mapeio o cenário, como infográfico e rateio o tempo de vida de cada MC nesse meio/
Eu bombardeio atômicamente, hidrogênio/
Como Moisés divido ao meio o mar vermelho/
Tão profético/
Lírico bélico/
Com arsenal mega infinito, léxica sega/
Destrói universos qual neutrinos/
E paralelos submersos qual centrinos/
Hinos genuínos/
Que te levam ao cimo, qual visão de aqüinos/
Eu ando nas ruas, como um desertor vendo o apocalipse/
A metrópole á se decompor/
Sexo, violência e drogas como um filme de Coppolla/
O sangue escorre nos esgotos/
Satélite e dólar/
Corporações fabricam, sucessoras ilusões na história/
Editam mentes como ilhas oníricas/
Em águas turvas/
Sementes falsas/
Canções estertoras/
Valsas tristes/
Que lembram embotamento ás massas/
Sabotagem das datas/
Cancelamento de esclarecimento á uma nova aurora em régias praças/
O gueto dilata minhas têmporas/
Medito nas quadras de modo oriental/
Me movo num fluxo cardinal/
Códigos de orientação são pontual/
Como fragata de Cabral e Colombo com sextante/
Em quadrante austral/
Pequenos magnatas, que sonham em tambores África em Bogotá/
O Jet-Lag faz permuta no radar.

(Refrão 2X) 

Declino falsos MC's/
Com meus clássicos, bombásticos/
Ataque lírico sintático/
No microfone eu decapto/
Ponho falsos MC's á 7 palmos, e isso é um salmo

Com a elegância de resguardo do Guepardo/
Fulgídeo/
No cimo de caracteres urbanóides desfragmentados, trago remígeos/
Graffitis me lembram os riscos de felinos/
Em auspícios planos de um felino, eu penso em transmutar a urbe á resoluto futurismo/
Tribos que se mesclam em elos e proselitismos/
Vetor pneumático de instinto cinegético irrepreensível/
O campo límbico em hiperestesismo ativo/
Construo naves, como chaves de asteriscos, pra pontes de Astroglifos/
Sânscritos de Silfos me levam á acessos remotos, terrenos plenos de Etileno/
Decifra o próximo desenho/
O próximo termofônico engenho/
Que te leva á conhecer sobre sí mesmo, como anseios/
Os veios sáxeos galáticos permeio/
Trago enleios/
Caracteres arcaicos, qual textos hermenêuticos/
São propedêuticos, os sons da Bebê Ninja Produções, que veio mudar o mundo/
Como confirmações de trovões, estações e profetizações/
Revelações como digitalizações em textos/
Cálculos de arestos em lunetas, em visões de planetas em mega-monções, os versos são seixos/
Trechos de outras civilizações e apetrechos/
Magos meixo-os/
Trago sons por éons, quanto feixos/
Transito em dimensões, me deslocando por eixos/
Viajo no campo magnético dos leitos temporais/
Uma nuvem onde tempo e gravidade se mesclam/
Trazendo a ponderabilidade da cronologia regressiva/
Tudo nasce, e tudo têm seu tempo de vida...

(Refrão 2X) 

Declino falsos MC's/
Com meus clássicos, bombásticos/
Ataque lírico sintático/
No microfone eu decapto/
Ponho falsos MC's á 7 palmos, e isso é um salmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário