Cazêro Rap é um duo formado por Sedex e Garcez, exímios arquitetos das palavras, aliando à esta arquitetura o Boombox em forma de gente Adu BeatBox e pra somar com esse time ninguém melhor que Indigesto, gravado, mixado e masterizado no Studio Setor, depois disso o resto é só ideia "flowindo" lindo, sente aí...
Letra: Aços do Ofício
É arduo, é trampo,
É trampo arduo, pra caralho!
É trampo, é arduo
É arduo o trampo, pra caralho!(2x)
Sedex
(Verso 1)
Ouvir dizer que sou marrento é fácil
difícil é entender o conceito de marra que lhe é passado
Visando cada track como um trampo isolado, de um todo
por tudo isso concluo que meu semblante é de um rapaz cansado
Enquanto tentam usar-me de muleta
trabalho pra fazer das pedras raras jóias, criar atmosferas
e quando digo que a questão é extra
tento ir além de 'punch lines', ditas 'pedradas' na real são 'pérolas'
Expansão levando em consideração o termo 'overall'
conquistando e desprendendo do sentido territorial
Tal povo mongol, trabalhando entre o prazer e a dor
galgando de sol a sol até o mesmo se pôr
Meu clã se espelha nos Khan desde Gengis
corta pela frente espalhando os nossos genes
me sinto atrasado mesmo estando em plena gênesi
Haja vista que ainda trocam-se balas como cowboys do Tennessee
Alguns vendem à ti o que locam dos que vendem a si
mesmo que se dificulte a recusa, abuse da desconfiança que existe em ti,
e reside em ti! Cuidado com o que ingere e digere, irmão!
Foi posta a mesa ai ó, Bon Appétit!
Cautela pra que meu time avance, avante
de alguns passos pra trás tiro parâmetro, e um café pra dar um levante
Minha fome vai além de pausas pra lanche,
só quem conhece a frustração pode conhecer a palavra 'revanche'
Super produção vai além do meu ofício,
o fogo que faz mover vai além de um mero artifício!
Entre esse limites meço o peso dos sacrifícios
falo por mim já que Deus está por todos como foi dito à mim lá, bem lá no início
(Refrão)
São ossos do ofício, somos aços do ofício
faço o que faço sem relevar se é difícil! (3x)
Garcez
(Verso 2)
Desculpe-me não ser mais tão simpático
é que além de pensar no Rap, tenho que bolar um esquema tático
Meu ofício, vício, viajo sem visto
tal visto a camisa, assumo o compromisso
É difícil ser indepentedente e não depender de gente
difícil fazer arte e não ser taxado de inconsequente
Problemático! Emocionado!
Curriculo amassado debaixo do braço a procura de um serviço
Salário atrasado, tropeço em pedras
com meus pés cansados no fronte pra guerra
Só vêem os tombos que levo mas não as pingas que tomo
sigo trampando bem sério, a mata vou desbravando
Pacto feito entre caneta, papel e base
Bola na rede! Titular não acerta a trave, cê sabe
Suor escorre, minha pegadas se cravam eternas
feridas feitas na jornada, com cachaça cicatrizo elas
Por elas vivo, por elas sigo, por esse trilho
Sigilo!
Em cada passo pra que o olho gordo se faça escasso
Falam que é fácil, porém poucos fazem o que faço
Limpando a sujeira fétida como gari
subvertendo minha situação e assim em cada evoluir
São só os osso do ofícios, sou mais um de aço em serviço
fazendo mais do que falo, sem relevar se é difícil
Não somos 300, muito menos viemos de Sparta
Mas vivemos pelo o que cremos, assim a batalha se trava
Arquiteto, pedreiro, ajudante e patrão
dessa forma minha empresa trabalha caminhando na contra-mão
Diante disso te digo e afirmo
Nosso pilar é firme e é proibido dar vacilo, porra!
Indigesto
(Verso 3)
São ossos do ofício, somos ossos do ofício
faço o que faço sem relevar sacrifício! (3x)
A virtude é que aqui é tudo inquietude
e por acaso, sem prazo de validade
Me sinto eterno, deve ser coisa da idade
Arriso minha vida, arisco com a vaidade
Quero mais história, menos stereo
ao menos espero um pouco mais de memória
Na trajetória ser sincero
não ir pro cemitério de forma contraditória
Notória noção
explora a razão, vitória não é tão significatória
Não viver em vão
a vida é tão simplória e não simplificatória
Sem paradigma nem paradóxo,
que parada é essa?! Para e repara que é tudo nosso!
Até os ossos, destoamos destroços
e não pouparemos esforços!
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