Se você gosta de verdade de Rap nacional e desconhece Black Alien volte ao começo e se atualize, indiscutivelmente ele foi e ainda é uma das maiores referências de tudo o que vemos/ouvimos hoje bombando por aí em formato Ritmo e Poesia brasileira.
Me identifiquei bastante com essa música, e o clipe ao contrário da maioria "não está ostentando o que tem/não tem", ao invés disso Black Alien nos ensina baseado em sua própria experiência sobre o processo de reabilitação e como é possível se reerguer.
Lhes deixo aqui o vídeo clipe de "Que Nem o Meu Cachorro" já torcendo pelo lançamento de Abaixo de Zero: Hello Hell, o próximo álbum de Gustavo Black.
Ficha Técnica:
Letra por Black Alien
Produção musical por Papatinho
Gravado por Papatinho e Choppinho
Mix e Master por 2F UFlow
(LETRA)
QUE NEM O MEU CACHORRO
O cochilo da tarde é meu xodó do momento
Nem quica
A vida é tombo em pista de cimento
“Black Alien já vai tarde, já passou o seu momento”
Significa, que o cidadão não tem conhecimento
Da força, da fé, da febre, e da fibra
Nessas portas meto o pé, enquanto a galera vibra
Me preocupa é o celular que vibra ao lado do meu saco
O resto todo que dá câncer, eu já vou lançar no vácuo
Ingrato, não é o que tu fala que diz quem tu és
Come e cospe no prato, depois vêm dizer “Jah Bless”
Se custar a minha paz, já custou caro demais
Pela sacos aqui jaz
Black Alien aqui jazz
Criado no Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, Sensei, eu sem paciência pra debate
Zung Guzung Gu Zen pique flow marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro, tô que nem o meu cachorro no domínio do latim
Brooklin, Nova York, Soho, tô que nem cachorro, suando só no ‘fucim’
Só não vêm ‘facim’, se não qualquer um desenvolvia
É tempo de templo, só rato cinza na via
O que vêm ‘facim’ presta não se envolvia
Do sol da meia noite até o sol do meio dia.
(Refrão)
Cria do Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, Sensei, eu sem paciência pra debate
Zung Guzung Gu Zen pique flow marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro, tô que nem o meu cachorro no domínio do latim
Nem tão longe pra tu chegar aqui de mala
Nem de longe é tão perto, que pode vim de chinelo
Nem de longe eu virei monge, apenas parei de dá pála, vagabundo fala um monte, são pregos pro meu martelo
Bem vindo ao meu lar, cuidado pra não tropeçar, a mesa ainda tá aqui, porém mudei certezas de lugar
Num mundo que produz prodígios bizarros
Que produzem seus discos, dirigem os seus carros
Minha diversão de homem, alegria de menino, que produz o que consome, todos temos nossos hinos
Pronuncia o meu nome, sinônimo: genuíno
Bota a cara e testa a fome, meus felinos tem caninos
Sem disposição não fico, sem disposição fica no meio do caminho entre eu e eu rico
Ambos são ambição, e ninguém sabe quem são, e nós somos a canção que vêm da zona de conflito
Pois a zona de conflito é minha zona de conforto, e a estrada pro inferno se desce de ponto morto, então parou com a zona.
(Refrão)
Cria do Ingá
Chapado demais pra um dia me vingar
Sim, Sensei, eu sem paciência pra debate
Zung Guzung Gu Zen pique flow marijuana e abacate
Rio de Janeiro, Niterói, favela, morro, tô que nem o meu cachorro no domínio do latim
Não tem como funcionar, vai sempre dar ruim pra você
Bocas mexem “blá blá blá”, e eu só faço o que tem que fazer
Não tô nem aí, nem lá, tô bem aqui, além do que se vê
Se vêm baseado no passado, só há um resultado: cê vai se puder
Porque, eu sou o agora
Eu sou o agora.